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Até a sua meia pode ensinar algo sobre a vida

Até a sua meia pode ensinar algo sobre a vida
Vinni Romeiro
mai. 7 - 2 min de leitura
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Por que você acha que as crianças fazem centenas de milhares de perguntas o tempo todo e nem sequer dão tanta atenção assim para as respostas?

Porque não é a resposta o que nos move, sabe o que nos movimenta?

- A excitação da dúvida!

O lapso temporal é um dos maiores vilões no processo criativo. Em outras palavras, quanto mais velho você fica, menos a imaginação você costuma usar.

Uma mente criativa está sendo necessariamente estimulada.

E é usando a própria imaginação que vamos colocar a sua meia nessa história. Sim, mais especificamente aquela que você perdeu alguma vez na vida. No meu caso, “alguma vez na vida” corresponde a “quase toda semana”.

O que acontece quando você perde uma meia? Você a procura, não é mesmo?

Concorda que no exato momento em que você percebe que a perdeu surge então uma dúvida, que é: “Afinal, cadê a minha meia? Onde será que deixei?”

E o que vem depois? A ação de procurá-la.

Agora, responda: Você continua procurando depois de encontrá-la?

- Vinni, que pergunta idiota. É evidente que não, afinal eu já a encontrei.

 

Bom, então eu acho que já deu pra perceber! enquanto temos dúvidas estamos nos movendo. Quando encontramos as respostas simplesmente nos estagnamos frente a elas. É por isso que as crianças tem o potencial criativo muito mais aflorado, pois estão cercadas de dúvidas e então dão vazão à imaginação o tempo todo.

E se não me engano, você já foi criança um dia. Mas em sua ponte para a fase adulta certamente ocorreu o que eu chamo de “dieta intelectiva”. Em outras palavras, você parou drasticamente de ter dúvidas e usar a sua imaginação. A sua potência de agir com o pensamento fora massacrada pelo seu excesso de respostas.

Se tem alguma coisa que te teletransportará para o universo criativo é perceber que não sabe de algo, o movimento é amante da dúvida. O que move a humanidade é simplesmente a excitação de querer revelar aquilo que ainda não se sabe. Perceba, portanto, que a descoberta, apesar de ser o alvo, aniquila a sua ação. Já a dúvida é o propulsor.

E assim, até uma meia perdida nos ensina algo sobre a vida.

 

Na próxima vez que perder a sua meia, lembre-se desse texto!

 

Vinni Romeiro


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