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Quando você descobre o que aprisionou a sua criatividade

Quando você descobre o que aprisionou a sua criatividade
Vinni Romeiro
abr. 24 - 4 min de leitura
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Quem aqui se lembra da Kodak? O quanto esta companhia ignorou tantas oportunidades de mudança porque simplesmente acreditou que a sua robustez de mercado seria o suficiente para se perpetuar.

Grande engano, especialmente com a tecnologia cada vez mais insinuante e desenhando novos nortes a cada milésimo de segundo que passa. Enquanto estamos aqui, “trocando uma ideia”, há algumas cabeças pensantes pulsando estratégias, Startups catalisando dores e transformando em soluções.

Tudo isso acontecendo, muitas vezes, em garagens, em fundos de quintais, em quartos apertados.

- Sabe onde quero chegar?

"Se você não cria, está morrendo!"

Mas tenha calma, vamos analisar alguns fatores importantes:

AFINAL, TODO MUNDO É CRIATIVO?

A resposta é não. Mas essa não é a pergunta mais certa a se fazer. A mais coerente seria: Todo mundo pode ser criativo? Sim, todos podem desenvolver criatividade. É claro que existem diversos fatores que vão contra o processo criativo, vou te dar um exemplo muito simples, mesmo sem te conhecer, de como alguns bloqueios aconteceram em sua vida.

Você frequentou a escola na infância, certo? Agora responda aí do outro lado o que você criou ou fora instigado a criar durante todo o ensino fundamental e médio?

Provavelmente você não tenha criado absolutamente nada, muito menos tenha sofrido influência para isso. O motivo é basilar: o ensino tradicional não prepara ninguém para ter ideias, mas sim para replicar ideias já criadas.

Responda outra pergunta: o que era preciso fazer para tirar nota máxima nas provas? Resposta: decorar, ser bom de memória, pois as questões apenas testavam a sua capacidade de memorizar informações. Não havia nada que desenvolvesse o seu potencial criativo, pensar com a própria cabeça não era uma atividade treinada.

Vinni, então você quer dizer que o ensino tradicional é o grande responsável por não sermos criativos?

Não! Ele é apenas mais um. Seus pais, por exemplo, foram determinantes também. Quer ver só?

O que acontecia quando você fazia alguma coisa diferente, alguma brincadeira arteira? Talvez você não se lembre, mas o que ocorria é que logo aparecia um adulto, geralmente seus pais, e diziam frases do tipo: “o que é que você está inventando aí?” / “Pare de inventar moda” / “Chega de invenção, menino(a)”.

Percebeu?

Nossos pais repetiam essas frases todas as vezes que faziamos alguma coisa diferente e assim as crianças cresciam acreditando que “inventar” não era, definitivamente, algo saudável.

Mas não para por aí. Afinal, você cresce, é inserido no mercado de trabalho, cai de paraquedas em algum departamento que geralmente não tem nada a ver com você, e advinha? Você só precisa replicar as normas da empresa, não há muito espaço para invenção também, se o seu lugar for na Administração Pública, nem se fala.

O fato é que eu poderia ficar com vocês aqui por várias horas apenas discutindo os fatores que te impedem de ser mais criativo(a), mas precisamos falar também sobre como sair dessa roda, não é mesmo?

A primeira coisa é: se criar está sendo um processo doloroso para você, algo está errado. Como diria Albert Einstein – “Criatividade é a inteligência se divertindo”. Isso nos traz a concepção de que não deve haver martírio quando você se dispõe a pensar em algo novo.

Vejo que algumas pessoas desenvolvem verdadeira aversão ao processo de criação, somente esse fator já é determinante para gerar uma forte barreira com os seus pensamentos.

Há uma expressão que diz que “as ideias fazem sexo”, e digo mais, as ideias são muito férteis, se reproduzem em uma velocidade inacreditável; e o melhor, a gestação não precisa durar nove meses. É possível dar à luz a várias ideias em um mesmo dia. Isso é ou não sensacional? Você tem infinitas possibilidades se insinuando o tempo inteiro em sua mente, por que não incitá-las ainda mais e absorver o máximo desse potencial?

Mas se aguente aí, ainda teremos alguns encontros para discutirmos tudo isso com mais afinco. Eu espero que uma sementinha tenha sido plantada nesse nosso primeiro contato. No próximo, prepare-se, pois já vamos começar a discutir algumas questões práticas para incendiar a sua mente.

Um grande abraço e até o próximo capítulo.


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